
Andando pela floresta,
Desfrutando da natureza sem fim,
A sensação do vento no rosto,
E o som do meu bandolim.
Tocava sozinho pela tarde,
Apenas vendo o sol se pôr,
Cantando sem nenhum alarde,
Antigas canções de amor.
Atualmente estas mãos,
Que antes envergavam um arco,
Preferem a beleza da canção,
Do amor, e do agrado.
Segui um solitário caminho,
Sou um artista errante,
Ando por aí sozinho,
Sou como o vento uivante.
Pelo amor? Fiz o que pude.
Acalantei os amantes,
Com o som do meu alaúde,
Depois sumi,afinal sou um bardo errante.
Hoje o motivo de meu afeto
É uma cigana que vi,
Mas é claro que o correto
Era eu sair dalí.
Sou um artista errante,
Não posso me apaixonar,
Vivo como o vento uivante,
Pelo amor não vou errar.