A Vida Pelas Sombras


Nas sombras noturnas,
Executo meu trabalho,
Mesmo que sem lutas,
A morte eu espalho.

Quando vivo o momento,
Do golpe final num alvo quase sem vida,
Sinto até o veneno
Se espalhando na ferida.

Cada célula morrendo,
Dor por todo o corpo,
Enquanto morre, eu espero,
Pra garantir que esteja morto.

Levo aos interessados,
A morte de seus inimigos,
Sem sujeira, sem trabalho,
Pode até fingir ter sido amigo.

Toda e qualquer culpa,
Seria posta em mim,
Eu que sem nenhuma descupa,
O matei, simples assim.

Sou como um anjo da morte,
Acessível por um preço,
Sem nome, amigos ou sorte,
Depois do pagamento, desapareço.