Entre Moedas e Disparos.



Todos caíram,
Um após outro,
Os poucos que fugiram
Padecem agora no esgoto.

Minha arma nunca erra
Quando acha o alvo certo,
A batalha nunca se encerra
Enquanto houver um inimigo desperto.

O calor de cada tiro
Me aquece no momento
Em que eu me viro
E atiro sem pensamentos.

O vento forte sopra e
Trás para mim o cheiro de morte,
É a certeza que atingi,
Mais um sem sorte.

Aquele que fala que a sorte
É só supertição
Nunca encarou a morte
De joelhos no chão.

É como jogar uma moeda,
E apostar sua vida no resultado,
Você fica observando a queda
E nessa hora o mundo fica parado.

Para aqueles que fojem
A sorte não dá perdão,
As moedas no ar escolhem
Quem fica em pé e quem vai ao chão.

Meu poder, simples e fatal,
Vem apenas de minha pistola,
Uma mira mortal
E reação sem demora.

Enquanto eu andar por aí,
Levando a todos justiça armada,
As moedas estaram bem aqui,
Definindo a próxima jogada.